agosto 22, 2025

Célio Studart pede prisão preventiva de suspeito de mutilar cavalo em SP


O deputado federal cearense Célio Studart (PSD), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do direito dos Animais no Congresso, enviou ofício ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitando uma ação para a prisão preventiva do homem acusado de decepar as patas de um cavalo, no município de Bananal, em São Paulo.

O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais pela gravidade. Os acusados chegaram a ser detidos, mas foram liberados após prestarem depoimento aos policiais.

O ofício foi enviado na última terça-feira, 19. Para o parlamentar, a gravidade dos fatos e o risco de reincidência justificam uma medida mais rigorosa.

Célio afirmou ainda que a medida visará também a proteção dos homens envolvidos no caso, visto que – segundo informações que circulam nas redes sociais – esses já foram ameaçados pelo, popularmente conhecido, “tribunal do crime”, comandado por facções criminosas.

Deputado pede rigor na aplicação da lei

“Esse ato bárbaro não pode ficar impune. É dever do Estado agir com rigor para coibir esse tipo de violência e proteger os animais de abusos cruéis. A sociedade espera que os acusados sejam responsabilizados e a ausência de prisão preventiva enfraquece a confiança nas leis”, afirmou Célio.

O deputado também destacou que, embora a Lei 14.064/2020 — conhecida como “Lei Sansão”, da qual foi relator na Câmara — tenha aumentado a pena para maus-tratos contra cães e gatos, ainda falta legislação que assegure punição semelhante para outros animais, como cavalos, e afirmou que não restam dúvidas sobre a possibilidade de maus-tratos contra o animal mutilado.

“Os maus-tratos estão evidentes, tanto pelas condições que levaram o animal a cair, quanto pelo ato de violência praticado”, acrescentou o líder da frente parlamentar.

Proposta de tornar crime hediondo

Célio é autor do Projeto de Lei 2.475/2025, que propõe classificar como crime hediondo os casos de maus-tratos que resultem na morte do animal, como o ocorrido em Bananal.

O que diz o acusado

O homem investigado, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, 21 anos, alegou que estava embriagado quando usou um facão para praticar o ato e afirmou ainda que “não é um monstro”.

“Muitas pessoas falaram que cortei as quatro e com ele andando. Isso é uma crítica contra mim. Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu não sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro”, afirmou.


Fonte: O Povo