A
grande parte de exemplares que ainda se encontra está na região nordeste, já
foi levados bastantes exemplares da raça para as regiões Norte, Centro-Oeste e
Sudeste. São animais bastante rústicos
que leva a ter um custo bem baixo para mantê-los, o boca-preta nordestino é
forte e tem compleição física esguia e atlética, os exemplares da raça são capazes
de mobilizar bovinos apenas abocanhando o focinho dos animais.
Eles podem serem, inclusive, uma ótima
alternativa de vigia de imóveis em áreas urbanas. Com o instinto de companheiro
e a lealdade típica dos cachorros e a docilidade ao seu dono é característica
da raça, ele também é boa opção para conviver com famílias com ou sem
crianças. Esta raça também sendo aprimorada pode servir bastante nas atividades
de resgate, rastreio de drogas e guia. Mas, como o animal tem faro aguçado e é
obstinado no que faz, não falta à raça também capacidade para assumir funções
ao lado de policiais, bombeiros e profissionais de segurança ou para ser
acompanhante de pessoas com deficiência visual.
Foram Selecionado ao longo de séculos pelos
antigos povos dos sertões do Nordeste do país, o boca-preta tem pelos curtos e
lisos, em cor clara (baio) e também preta, preta com barriga branca, vermelha e
marrom rajado de preto e vermelha (caramelo). A coloração preta, que se
estende da boca até área dos olhos, passando pelo focinho fino e comprido,
inspirou o nome do cão – que, segundo estudos recentes, são provavelmente descendes
de caninos criados por indígenas. Na literatura, as primeiras descrições da
raça foram de autoria de padres capuchinhos, que, em viagens pela antiga
província do Maranhão, registraram que o animal tinha semelhanças com o cão
podengo-português.
Em geral, o corpo do cão tem de 46 a 58
centímetros de comprimento – maior do que a altura das pernas –, com peito
profundo e abdome recolhido. Como se trata de um animal que, ao longo de muitos
anos, desenvolveu-se pisando em tocos, espinhos e pedras, ele tem patas com
almofadas grossas e calejadas.
O
trabalho de identificação e preservação do boca-preta começou a partir de
estudo de caracterização morfometria que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez em 2011. Realizando na cidade de São João do Piauí, no Estado do Piauí.
Imagem de animais: Fazenda Lajes Boa Viajem – Ce