Segundo a reportagem, as menções
aos parlamentares são transcritas a partir de diálogos obtidos em busca e
apreensão da PF que tinham como alvo Bebeto do Choró (PSB), eleito no pleito do
ano passado. Atualmente, Bebeto está foragido.
Em uma das conversas, Bebeto
afirma que Eunício teria indicado recursos para o município de Canindé e
menciona áudios em que o deputado do MDB supostamente afirma que Guimarães
também teria feito indicações a Choró. No despacho do ministro Gilmar Mendes,
do STF, também aparece o nome de Yury do Paredão.
Nenhum dos três parlamentares foi
alvo da operação. No entanto, com base nas menções, o ministro Gilmar Mendes autorizou
a abertura de um inquérito separado para apurar a eventual participação de
autoridades com foro especial na destinação e uso irregular de emendas
parlamentares.
O que disseram os deputados
Ao portal CN7, Eunício Oliveira
negou conhecer o prefeito cassado Bebeto Queiroz. "Eu dei uma emenda no
dia 25 de maio para o município de Canindé. Eu não conheço Bebeto, eu não
conheço Cleidiane, nunca vi a cara de nenhum dos dois. O prefeito me procurou,
o prefeito Jardel, eu sempre fui votado lá. Me pediram uma emenda de saúde, eu
dei para ele e mais 60 e tantos municípios. Dei uma emenda de R$ 1 milhão.
Aliás, nem dei. Indiquei uma emenda de R$ 1 milhão, nem paga foi. Eu,
inclusive, mandei cancelar a emenda, falei com o ministro Padilha, mandei
cancelar a emenda por uma indicação que eu fiz", afirmou.
Por meio da assessoria, José
Guimarães disse que conversa com todos os parlamentares, que não houve nenhuma
indicação de emendas dele ao município de Choró e que ele não conhece Bebeto.